Deutsche Tageszeitung - Produtores europeus de plásticos pedem ajuda às autoridades

Produtores europeus de plásticos pedem ajuda às autoridades


Produtores europeus de plásticos pedem ajuda às autoridades
Produtores europeus de plásticos pedem ajuda às autoridades / foto: © AFP/Arquivos

A produção europeia de plásticos sofre com o preço da energia e se vê cada vez mais ameaçada pela China, informaram, nesta quarta-feira (8), empresários do setor, que se dizem "à beira do abismo" e pedem ajuda às autoridades.

Alterar tamanho do texto:

O conjunto da indústria do plástico sofre com o excesso da capacidade mundial, o aumento das importações procedentes da Ásia e os altos custos de produção na Europa, segundo o balanço anual da Plastics Europe, publicado nesta quarta.

Para esta organização, que reúne uma centena de empresas, ou seja, mais de 90% da produção europeia, esta se encontra "à beira do abismo".

A Europa produziu mais plásticos em 2024 do que em 2023: 54,6 milhões de toneladas (+0,4%). No entanto, o ano anterior se caracterizou por uma forte queda e, no longo prazo, a queda foi notável (62,3 milhões de toneladas produzidas em 2018).

"Isto não reflete uma diminuição do consumo, mas um desequilíbrio na balança comercial", explicou à AFP Jean-Yves Daclin, diretor-geral da Plastics Europe France. A Europa, onde a organização reúne os 27 países-membros da União Europeia, Reino Unido, Noruega e Suíça, "produz menos e importa mais do exterior", afirmou.

No nível mundial, a produção de plásticos segue crescendo em ritmo sustentado, alcançando 430,9 milhões de toneladas de plástico virgem em 2024 (+4% em relação a 2023). Mais da metade vêm da Ásia (57,2%) e mais de um terço só da China (34,5%).

Em termos gerais, a cota de mercado da Europa passou de 22% em 2006 para 12% em 2024.

A Plastics Europe atribui a perda de velocidade europeia a uma competitividade ruim, devido em particular ao custo do gás e da energia elétrica.

Também foram mencionadas uma "normativa ambiental mais exigente que em outros lugares", custos salariais "elevados" e preços em queda, devido à concorrência internacional.

Estimando que cerca de 35 mil do 1,5 milhão de trabalhadores do setor tenham perdido o emprego entre 2022 e 2024 na Europa, a organização "exige políticas europeias e nacionais de urgência", em particular no que diz respeito ao custo da energia.

(L.Barsayjeva--DTZ)