Deutsche Tageszeitung - Países Baixos voltam atrás em intervenção de empresa chinesa Nexperia

Países Baixos voltam atrás em intervenção de empresa chinesa Nexperia


Países Baixos voltam atrás em intervenção de empresa chinesa Nexperia
Países Baixos voltam atrás em intervenção de empresa chinesa Nexperia / foto: © AFP/Arquivos

Os Países Baixos anunciaram, nesta quarta-feira (19), a suspensão de sua intervenção na Nexperia, fornecedora chinesa global de componentes eletrônicos, com sede no país europeu.

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A empresa está no centro de um confronto entre a China e os Países Baixos, que fez os fabricantes de automóveis temerem uma escassez de chips, com potencial para paralisar sua produção.

A Nexperia foi adquirida em 2018 por uma companhia chinesa. Mas, no final de setembro, o governo holandês assumiu de fato seu controle, alegando razões de segurança nacional.

Pequim, em resposta, proibiu as reexportações dos produtos da empresa da China para a Europa, aumentando as preocupações dos fabricantes de automóveis.

No entanto, no último 8 de novembro, a Comissão Europeia informou que as autoridades chinesas confirmaram a retomada parcial das exportações de chips, como resultado de um acordo comercial entre o presidente Xi Jinping e seu homólogo americano, Donald Trump.

Diante disso, o ministro holandês da Economia, Vincent Karremans, indicou nesta quarta-feira, em um comunicado, que "à luz dos últimos acontecimentos", decidiu "tomar uma medida construtiva e suspender [sua] ordem, em virtude da lei sobre disponibilidade de mercadorias, em relação à Nexperia".

Segundo ele, a decisão foi tomada após várias "reuniões construtivas" nos últimos dias com as autoridades chinesas.

"Comemoramos as medidas que [as autoridades chinesas] já tomaram para garantir o abastecimento de chips eletrônicos para a Europa e o resto do mundo", acrescentou Karremans.

A China, por sua vez, informou, nesta quarta, que "comemora a iniciativa tomada pelos Países Baixos (...), considerando-a um primeiro passo na direção certa para uma resolução adequada do conflito. No entanto, falta um caminho a percorrer para resolver a causa principal das perturbações e da desordem na cadeia de suprimento mundial de semicondutores", declarou um porta-voz do ministério do Comércio.

(L.Møller--DTZ)