Deutsche Tageszeitung - Canadá coloca Ucrânia em primeiro plano da reunião de Finanças do G7

Canadá coloca Ucrânia em primeiro plano da reunião de Finanças do G7


Canadá coloca Ucrânia em primeiro plano da reunião de Finanças do G7
Canadá coloca Ucrânia em primeiro plano da reunião de Finanças do G7 / foto: © DPA/AFP/Arquivos

O Canadá se propôs a enviar uma "mensagem contundente" ao mundo nesta terça-feira (20), ao convidar um ministro ucraniano para a reunião de Finanças do G7, cujos membros estão divididos sobre o apoio ao país que trava uma guerra com a Rússia e abalados pela ofensiva protecionista de Donald Trump.

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Como anfitrião do encontro de titulares das Finanças do Grupo dos Sete (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá), o ministro canadense François-Philippe Champagne convidou seu colega ucraniano, Serhiy Marchenko.

"É uma verdadeira mensagem para o mundo [...], uma mensagem muito forte de unidade do G7 em apoio à Ucrânia", explicou Champagne em uma roda de prensa com Marchenko.

O ministro canadense acrescentou que defenderá a imposição de "sanções mais duras" contra a Rússia, a fim de pressionar Moscou para que encerre esse conflito que já dura mais de três anos.

- 'Reestabelecer a estabilidade' -

As palavras de ambos parecem ser um recado ao governo americano, que tem se reaproximado de Moscou desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca em janeiro.

Nesta terça, os países europeus seguiram sua linha dura contra a Rússia.

A União Europeia (UE) adotou seu 17º pacote de sanções contra Moscou e manifestou sua esperança de que o governo Trump dê uma "resposta firme" se Moscou mantiver sua postura.

Para os europeus, uma das prioridades da reunião de Finanças do G7 no Canadá será garantir que a delegação americana aceite mostrar um apoio sem hesitação à Ucrânia no final do texto, no qual está trabalhando o governo anfitrião.

"Devemos enviar um sinal claro de que o G7 segue firme ao lado da Ucrânia", declarou o vice-chanceler e ministro das Finanças da Alemanha, Lars Klingbeil, antes de chegar ao Canadá.

"Não poderemos aceitar uma linguagem que seja completamente açucarada", afirmou, por sua vez, o Ministério de Economia da França.

Esta reunião de Finanças do G7 acontece até quinta-feira nas Montanhas Rochosas canadenses, no Parque Nacional de Banff (oeste), também em meio a um panorama econômico turbulento pela guerra tarifária desatada por Trump, que gerou temores de uma desaceleração generalizada.

O ministro das Finanças canadense destacou nesta terça a necessidade de "restabelecer a estabilidade e o crescimento".

– 'Estender a mão' –

Os membros do G7 buscam convencer Trump a reverter as tarifas, e espera-se que o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, atraia os holofotes de seus homólogos em Banff.

Uma fonte do governo japonês indicou à AFP que Tóquio está pronta para discutir com Bessent "vários problemas entre os dois países, inclusive o câmbio" entre o dólar e o iene.

"As disputas comerciais atuais devem ser resolvidas o mais rápido possível em benefício de todos", defendeu, por sua vez, o ministro das Finanças da Alemanha, sublinhando que a União Europeia continua "estendendo a mão" para os americanos.

Bessent ajudou a reduzir a escalada da guerra tarifária com a China, por meio de um acordo que reduziu significativamente as tarifas de três dígitos impostas mutuamente por Washington e Pequim.

Segundo um comunicado do Tesouro, Bessent defenderá que o G7 se "concentre na resolução dos desequilíbrios [comerciais] e das práticas desleais dentro e fora" do grupo.

Uma fonte próxima da delegação dos Estados Unidos indicou que Washington espera uma condenação conjunta sobre o excesso de produção na China.

(T.W.Lukyanenko--DTZ)

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