Deutsche Tageszeitung - Guarda Suíça apresenta uniforme mais sóbrio para ocasiões especiais

Guarda Suíça apresenta uniforme mais sóbrio para ocasiões especiais


Guarda Suíça apresenta uniforme mais sóbrio para ocasiões especiais
Guarda Suíça apresenta uniforme mais sóbrio para ocasiões especiais / foto: © AFP

Um conjunto preto com detalhes em dourado. A Guarda Suíça, conhecida por seus trajes coloridos, apresentou nesta quinta-feira (2) um uniforme mais sóbrio, que será usado em ocasiões especiais.

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O novo traje é uma atualização do uniforme do século XIX, e foi revelado antes da cerimônia de juramento dos novos soldados. Composto por gola alta vermelha e dourada e cinto amarelo e branco, ele é bem mais sóbrio que o de listras azuis, amarelas e vermelhas.

Em 1976, ele foi abandonado progressivamente, por questões de praticidade, até ser modernizado nos últimos anos. "A versão final é resultado de pesquisas e estudos sobre o uniforme de meia gala, usado por muitos oficiais nos séculos passados", explicou hoje o coronel Christoph Graf, comandante da guarda.

Avaliado em 2 mil euros (12,5 mil reais), o uniforme foi confeccionado na Suíça e financiado com recursos privados. Mas nem todos os 135 homens que compõem o menor exército do mundo terão o privilégio de experimentá-lo, uma vez que ele será reservado aos comandantes, para ser usado em jantares de gala e outros eventos fora do Vaticano.

Fundada em 1506, pelo papa Júlio II, a Guarda Suíça é responsável pela proteção do papa no Vaticano e durante seus deslocamentos, com sentinelas nas entradas do palácio apostólico ou durante as audiências na Praça de São Pedro.

No próximo sábado, a guarda receberá 27 novos recrutas, cuja idade varia de 19 a 30 anos. Após uma formação militar, esses cidadãos suíços, que devem ser solteiros, católicos e ter mais de 1,74 m de altura, passaram por uma série de testes psicológicos e entrevistas para garantir a segurança do papa por ao menos 26 meses.

O sobrenome dos guardas não é revelado, por questões de segurança. Nathan, 22, ocupa a função desde janeiro, e descreveu seus primeiros meses como "excepcionais". Apesar do que chamou de "longa lista de sacrifícios", disse que encontrou na guarda "uma família desde o primeiro dia", com "um espírito profundo de camaradagem".

Os guardas prestam entre 6 e 12 horas de serviço por dia, em troca de um salário de 1.500 euros (9.400 reais), segundo o cabo Eliah Cinotti.

(L.Møller--DTZ)