Deutsche Tageszeitung - Petro questiona advertência de Trump sobre espaço aéreo da Venezuela

Petro questiona advertência de Trump sobre espaço aéreo da Venezuela


Petro questiona advertência de Trump sobre espaço aéreo da Venezuela
Petro questiona advertência de Trump sobre espaço aéreo da Venezuela / foto: © AFP/Arquivos

O presidente colombiano, Gustavo Petro, disse que um "presidente estrangeiro" não pode declarar o fechamento do espaço aéreo de outro país, depois que Donald Trump fez uma nova advertência sobre o tráfego aéreo na Venezuela.

Alterar tamanho do texto:

O mandatário americano disse, no sábado, que o espaço aéreo sobre e ao redor da Venezuela deve ser considerado "fechado em sua totalidade", no âmbito de uma escalada de tensões com o presidente esquerdista Nicolás Maduro.

Caracas denunciou a advertência de Trump como uma "ameaça colonialista" à sua soberania.

Sem mencionar Trump, o presidente colombiano questionou a medida na noite de sábado na rede X: "Quero saber, sob qual norma do direito internacional um presidente de um país pode fechar o espaço aéreo de outra nação?".

"Um espaço aéreo nacional não pode ser fechado por um presidente estrangeiro ou acabou o conceito de soberania nacional e o conceito de 'direito internacional'", acrescentou Petro na mensagem, que ele também publicou no papel de presidente da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

O presidente colombiano informou que, ao não existir essa faculdade, a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) "esta falhando".

A advertência de Trump ocorreu depois que as autoridades de aviação dos Estados Unidos instaram, na semana passada, as aeronaves civis que operam no espaço aéreo venezuelano a "atuarem com precaução" devido à "situação de segurança que piora e à atividade militar intensificada na Venezuela ou em seus arredores".

Desde então, seis companhias aéreas, que representam grande parte do tráfego na América do Sul, suspenderam seus voos tendo a Venezuela como origem e destino.

Em resposta, a autoridade aeronáutica venezuelana revogou as permissões de operação no país da espanhola Iberia, da portuguesa TAP, da colombiana Avianca, da filial colombiana da chileno-brasileira Latam, da brasileira GOL e da turca Turkish.

(V.Korablyov--DTZ)