Deutsche Tageszeitung - Opositora venezuelana Corina Machado apoia maior pressão sobre Maduro

Opositora venezuelana Corina Machado apoia maior pressão sobre Maduro


Opositora venezuelana Corina Machado apoia maior pressão sobre Maduro
Opositora venezuelana Corina Machado apoia maior pressão sobre Maduro / foto: © AFP

A líder opositora venezuelana María Corina Machado, ganhadora do Nobel da Paz 2025, disse que apoia maior pressão sobre o presidente Nicolás Maduro para que ele "entenda" que deve deixar o poder, segundo trechos de uma entrevista à emissora americana CBS divulgados nesta sexta-feira (12).

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Corina Machado denunciou que a reeleição de Maduro no pleito de julho de 2024 foi uma fraude. Ela garante que seu candidato, Edmundo González Urrutia, foi o real vencedor.

"Apoiarei que haja mais e mais pressão até que Maduro entenda que deve sair, que seu tempo acabou", declarou ela ao ser questionada se apoiaria uma intervenção dos Estados Unidos na Venezuela.

No último mês, o presidente Donald Trump advertiu que uma operação por terra na Venezuela é iminente, depois de Washington ter posicionado desde setembro navios militares e o maior porta-aviões do mundo no Mar do Caribe, em frente à costa venezuelana.

Para a opositora, não se trata de alcançar "uma mudança de regime convencional".

"Tivemos uma eleição. Uma mudança de regime já foi decidida por mais de 70% da população, e o que precisamos é de apoio para fazer cumprir esse mandato", disse Corina Machado em Oslo, aonde chegou na madrugada de quinta-feira após uma viagem arriscada para sair da Venezuela.

Segundo a líder opositora, González Urrutia deve assumir o poder no país sul-americano e, a convite dele, ela seria a vice-presidente.

Corina Machado, que vivia na clandestinidade na Venezuela desde agosto de 2024, disse nesta sexta, em coletiva de imprensa em Oslo, que temeu por sua vida ao sair de seu país para viajar à Noruega para receber o Nobel da Paz.

A operação para retirá-la da Venezuela recebeu o nome-chave de "Dinamite Dourado", em alusão a Alfred Nobel, inventor da dinamite e fundador da premiação.

María Corina usou uma peruca para sair de seu esconderijo em Caracas e seguir para uma praia no norte da Venezuela. Lá, ela embarcou em um barco-pesqueiro para se reunir em alto-mar com o responsável pela operação, o veterano do Exército americano Bryan Stern.

No caminho rumo à costa, María Corina Machado passou despercebida por dez postos de controle militar, contou Stern.

Uma embarcação em mau estado foi escolhida de forma deliberada para evitar que as forças americanas a confundissem com as lanchas rápidas que têm sido alvos de ataques aéreos. Mas, devido à sua condição, a barco-pesqueiro apresentou avarias, o que atrasou sua saída por várias horas.

O mar agitado não permitiu que a embarcação fosse visível do ar. Mas também fez com que o GPS caísse no mar, deixando o barco à deriva durante duas horas, de acordo com os depoimentos recolhidos pela AFP e outros meios de comunicação, como The Wall Street Journal, CBS e BBC.

"Não vou dar mais informações sobre minha viagem à Noruega", disse ela na entrevista à CBS. "Mas vou dizer o quão importante é [o Nobel] para o povo venezuelano. É um reconhecimento a um país que lutou incansavelmente, corajosamente contra uma estrutura criminosa e narcoterrorista", afirmou.

"Vim receber esse prêmio e vou levá-lo de volta ao povo venezuelano assim que possível", frisou.

A CBS exibirá a entrevista completa no domingo.

(P.Hansen--DTZ)

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