Deutsche Tageszeitung - Ataque russo em larga escala contra Kiev deixa 14 mortos

Ataque russo em larga escala contra Kiev deixa 14 mortos


Ataque russo em larga escala contra Kiev deixa 14 mortos
Ataque russo em larga escala contra Kiev deixa 14 mortos / foto: © AFP

Pelo menos 14 pessoas, incluindo três crianças, morreram em Kiev em um dos maiores ataques aéreos russos contra a Ucrânia desde o início da guerra, informaram nesta quinta-feira (28) as autoridades locais e o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que acusou Moscou de preferir "continuar matando", ao invés de negociar a paz.

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Os esforços diplomáticos foram acelerados recentemente com o estímulo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas não produziram resultados concretos, e a Rússia intensificou os bombardeios contra a Ucrânia.

Na manhã desta quinta-feira, as equipes de emergência e vários moradores lutavam para retirar os escombros do centro de Kiev após os ataques.

Os socorristas retiraram dos escombros de um prédio um corpo coberto de poeira e vestido com pijama, que foi colocado em um saco plástico preto.

O ataque com drones e mísseis deixou pelo menos 14 mortos, incluindo três crianças, informaram os serviços de resgate.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que o ataque atingiu "empresas do complexo militar-industrial e bases aéreas militares ucranianas".

O Exército ucraniano informou que a Rússia utilizou 598 drones e 31 mísseis, incluindo dois supersônicos Kinzhal, no segundo maior ataque aéreo contra o país desde o início da invasão em fevereiro de 2022.

- "Massacre deliberado de civis" -

Correspondentes da AFP ouviram explosões potentes. Também viram um míssil abatido e ouviram os drones sobrevoando a cidade, enquanto os moradores corriam para os abrigos subterrâneos e estações de metrô em busca de proteção, alguns deles com seus animais de estimação.

Uma escola e um centro comercial também foram atingidos.

O edifício da missão da União Europeia (UE) em Kiev foi atingido pelo ataque russo, afirmou o presidente do Conselho Europeu, António Costa, que destacou que o bloco "não se deixará intimidar" pela Rússia.

O escritório do British Council na capital ucraniana também foi "gravemente danificado" no bombardeio, informou a instituição em sua página no Facebook.

Os governos da França e do Reino Unido condenaram o novo ataque russo.

"Putin está matando crianças e civis, e sabotando as esperanças de paz. Este banho de sangue deve terminar", escreveu o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

"629 mísseis e drones em uma noite contra a Ucrânia. Está aí a vontade de paz da Rússia. Terror e barbárie", afirmou o presidente francês, Emmanuel Macron.

Zelensky chamou o ataque como um "massacre horrível e deliberado de civis" e afirmou nas redes sociais que "os russos não estão escolhendo terminar a guerra, e sim atacar novamente".

"Pela rejeição do cessar-fogo e pelas tentativas constantes da Rússia de evitar as negociações, são necessárias novas sanções severas", acrescentou Zelensky, que citou em particular os aliados da Rússia, como China e Hungria.

O ataque contra Kiev ocorre após três anos e meio da invasão russa e com as negociações de paz bloqueadas, apesar da pressão americana.

O Kremlin afirmou nesta quinta-feira que a Rússia "continua interessada" nas negociações de paz com a Ucrânia, mas que continuará atacando o país enquanto não alcançar seus "objetivos".

"As Forças Armadas russas estão cumprindo sua missão. Continuam atacando alvos militares e paramilitares", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov. "Ao mesmo tempo, a Rússia continua interessada em prosseguir o processo de negociação para alcançar seus objetivos por meios políticos e diplomáticos", acrescentou.

Na véspera dos bombardeios, a Rússia rejeitou a possibilidade de um encontro em breve entre Zelensky e o presidente russo, Vladimir Putin.

Kiev considera que a reunião é crucial para romper o impasse sobre como acabar com a guerra.

(U.Kabuchyn--DTZ)

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