Deutsche Tageszeitung - EUA retira África do Sul de site oficial do G20

EUA retira África do Sul de site oficial do G20


EUA retira África do Sul de site oficial do G20
EUA retira África do Sul de site oficial do G20 / foto: © AFP

O governo dos Estados Unidos iniciou nesta segunda-feira (1º) a presidência americana do G20, retirando do site do bloco as informações sobre a África do Sul, país anfitrião da cúpula deste ano que não será convidado para a reunião do ano que vem.

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O site do G20 passou a exibir uma imagem em preto e branco de Trump, acompanhada dos dizeres "Miami 2026" e "The Best Is Yet to Come" ("O melhor ainda está por vir", em tradução livre do inglês), título de uma música popularizada por Frank Sinatra.

Trump boicotou a cúpula recente do G20 em Joanesburgo, que aconteceu sem a participação oficial dos Estados Unidos. Ele rejeita o suposto tratamento dispensado pelo governo sul-africano à minoria branca.

O presidente americano também disse que a África do Sul não é bem-vinda à reunião de cúpula que será realizada em seu clube de golfe em Doral, na Flórida. Esta será a primeira exclusão de um membro pleno do G20 nas duas décadas de história do bloco, que reúne as 20 maiores economias do mundo.

O governo Trump também rejeitou a agenda da presidência sul-africana do G20, que incluía uma "transição energética justa" e a sustentabilidade da dívida.

O Departamento de Estado americano ressaltou que Trump vai "devolver ao G20 o foco em sua missão principal de promover o crescimento econômico e a prosperidade para obter resultados".

"Vamos priorizar os três temas centrais: impulsionar a prosperidade econômica limitando os encargos regulatórios, facilitar redes de suprimento de energia acessível e segura, e sermos pioneiros em novas tecnologias e inovações."

Trump é um cético declarado em relação ao consenso científico sobre as mudanças climáticas, e defende as empresas de combustíveis fósseis.

Em várias ocasiões, repetiu as denúncias da extrema direita sul-africana sobre um suposto genocídio contra os brancos africâneres. O governo sul-africano, por sua vez, nega a existência de uma campanha sistemática contra esse grupo minoritário no país.

(L.Barsayjeva--DTZ)